Musashi e Bruce Lee. Épocas diferentes, países diferentes, costumes diferentes, estilos diferentes. Porém os dois tinham o mesmo conceito sobre as artes marciais. Musashi era contra toda forma de misticismo e praticas que não fossem capazes de levar um individuo a vitória. Desafiou e humilhou os maiores espadachins e escolas do Japão. Saiu vencedor em mais de 60 duelos, numa época em que 98% dos duelos terminavam com um morto. Nos últimos combates já não usava espadas de verdade. Não tinha mais necessidade de usar a espada mortífera. Uma simples espada de madeira dava conta do recado. Seu derradeiro duelo foi contra uma lenda do Japão: Sassaki Kojiro um homem que cortava pássaros em voo. Musashi o derrotou com um remo velho improvisando uma espada. Ele nunca foi muito celebrado em sua terra natal. Era considerado um herege pelos estudiosos do budô e principalmente do kenjutso, justamente por ser heterodoxo e imprevisível. Assim como ele Bruce também não era unâmídade entre os seus. Muitos o criticavam por passar conhecimentos chineses aos estrangeiros.
Como Musashi Bruce também era contra técnicas que não levassem o individuo a vitória. Desde cedo aprendeu que devia compreender o adversário, antecipar seus movimentos, estudar suas técnicas e procurar o caminho da vitória sem demora. Dizia sempre que kung fu não significa acumular técnicas mas sim aprimorar as existentes. Não é o quanto você aprendeu mas sim o que assimilou durante o período de treino. Esses dois homens muito importantes para as artes marciais deixaram um legado que ainda permanecerá por muito tempo. Lembrem se de que as artes marciais sem controle representam só violência.
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